A história da Catedral de Santiago de Compostela começou por volta do ano 830, da era moderna, quando foram localizados os restos do Apóstolo Santiago, no monte Libredón (Iria Flavia), localidade próxima à atual Santiago de Compostela. Esses restos foram, inicialmente, depositados numa necrópole romana do século I.

ORIGEM QUANDO FOI CONSTRUÍDA A CATEDRAL DE SANTIAGO DE COMPOSTELA?

O conhecimento deste feito fez com que, à volta dos restos do Apóstolo, se fossem congregando inúmeras pessoas e, consequentemente, surgisse a necessidade de construir uma primitiva Igreja pré-românica, para acolher os fiéis e peregrinos cristãos.
Dada a importância da descoberta, em 834, Santiago de Compostela tornou-se sede episcopal, o que aumentou o número de pessoas e peregrinos, favorecendo a sua expansão social, económica e religiosa, ao instalar-se nela as primeiras ordens monásticas religiosas. Eram tempos de Alfonso II, o Casto, primeiro peregrino a visitar os restos do Apóstolo, percorrendo o que hoje é o Caminho Primitivo, desde a cidade de Oviedo. Com o passar dos séculos, foram-se estabelecendo os principais itinerários do Caminho de Santiago com peregrinos provenientes de todos os cantos da Europa. A partir do século XXI e particularmente na primeira década, os Viagens ao Caminho de Santiago organizadas tornaram-se uma opção mais para desfrutar desta milenar rota de peregrinação, contando com os serviços e garantias de profissionais que oferecem maior tranquilidade e conforto durante o percurso.

QUEM CONSTRUIU A CATEDRAL DE SANTIAGO DE COMPOSTELA?

Em 872, o rei Alfonso III, o Grande, ordenou a construção de um templo de maiores dimensões. Isso significaria a base para a futura Catedral de Santiago.

DESTRUIÇÃO DA CATEDRAL PRECURSORA DE SANTIAGO DE COMPOSTELA

Posteriormente, no ano de 997, ocorreu o incêndio e saque da Catedral e de Santiago de Compostela, pelas mãos do líder muçulmano Almanzor, incluindo o traslado, por cativos cristãos, das campanas da catedral até Córdoba. Existem várias versões contraditórias, que questionam se a tumba onde estavam depositados os restos do Apóstolo foi respeitada. A catedral foi reconstruída, devido a esse fato, em 1003, sendo o bispo San Pedro de Mezonzo. Catedral de Santiago

IMPULSORES DA CATEDRAL DE SANTIAGO DE COMPOSTELA

Foi no ano de 1075, com a construção da Capela do Salvador, que realmente foram lançadas as bases de uma grande Igreja românica, que com o tempo foi ampliada com diferentes estilos arquitetónicos, especialmente o gótico e o renascentista, até o que vemos hoje na atual catedral de Santiago de Compostela. Os impulsionadores desta fabulosa construção foram o rei Alfonso VI e, particularmente, o bispo de Santiago, Diego Peláez.
A catedral foi construída com uma planta em cruz latina, com três naves, uma extensão aproximada de 100 metros, com um cruzeiro de três naves, de 67 metros de comprimento, sendo a altura da sua abóbada central de 32 metros. Foi construída, fundamentalmente, em granito.

Dada a enorme massa de peregrinos que, ano após ano, visitavam a tumba do Apóstolo, considerou-se imprescindível criar uma grande “Catedral de Peregrinação”, seguindo as normas estabelecidas pelo românico francês, tendo como espelho a Catedral de São Sernin de Toulouse.

Após diferentes percalços, naturais numa construção de tal envergadura, em 1093 ocorreu um evento fundamental com a nomeação, como administrador da catedral, do Arcebispo Diego Gelmírez, que foi o grande impulsionador da catedral e da cidade de Santiago de Compostela, tornando-as um foco universal do cristianismo, igualando o fenómeno social da peregrinação, ao lado de Roma e Jerusalém.

Nos seus inícios, na construção da catedral trabalharam mestres de obras como Bernardo o Maior, o seu ajudante Galperinus Robertus, o Mestre Estevo, assim como um número enorme de pedreiros, artesãos e trabalhadores especializados em todas as artes.

Pórtico da Glória

MAESTRO MATEO

Para dar um impulso final às obras da Catedral, que haviam sido desaceleradas, o rei leonês Fernando II atribuiu a direção das mesmas ao Mestre Mateo, entre os anos 1168 e 1211, sendo sua obra mais importante a construção do Pórtico da Glória, inspirado no apocalipse de São João, uma joia do românico espanhol. Este escultor é considerado o “escultor do Caminho de Santiago”, pelas numerosas obras que realizou no Caminho Francês ou pelos discípulos que trabalharam com ele.
Segundo o que é citado no Códice Calistino, as obras da Catedral de Santiago de Compostela puderam ter sido concluídas entre os anos 1122 e 1124, cerca de 47 anos após o seu início.

Em 1120, o Papa Calisto concedeu a Santiago de Compostela a condição de sede arquiepiscopal, com os consequentes privilégios econômicos e de poder.

Em 1181, foi concedida a “perdão dos pecados” a todos os peregrinos que visitassem os restos do Apóstolo Santiago em um Ano Santo (quando a festividade de Santiago – 25 de julho – caísse num domingo). O próximo Ano Santo será o Xacobeo 2021, que se prolongará até o final de 2022 por ordem papal, devido à pandemia de Covid.

A consagração da Catedral de Santiago de Compostela ocorreu a 21 de abril de 1211, sendo rei Alfonso IX e arcebispo de Santiago D. Pedro Muñiz.

AMPLIAÇÃO E REFORMA

Durante os séculos XVII e XVIII, foram realizadas profundas transformações na catedral, introduzindo diferentes elementos barrocos, tanto dentro como fora da basílica.
A maior revolução estética chegaria ao templo na época do Barroco, transformando o Altar-Mor e a cúpula, assim como os trabalhos realizados na Torre do Relógio e a projeção da fachada da praça da Quintana. Mas é, sem dúvida, a fachada do Obradoiro que mais influenciaria no aspecto barroco da catedral de Santiago.

DESCRIÇÃO DOS ELEMENTOS DA CATEDRAL DE SANTIAGO DE COMPOSTELA

TORRES

A Catedral possui três torres. Duas, que são gêmeas (Torre da Carraca e Torre das Campanas ou Torre Norte), situadas na fachada principal, na Praça do Obradoiro, com uma altura de 75/80 metros cada uma, e a outra, situada entre as Praças de Platerias e Praça da Quintana, chamada Torre do Relógio, “Berenguela” ou também conhecida como “Trindade”.
A Torre da Carraca ou Torre Norte, como o nome indica, possui uma “carraca”, um mecanismo feito de madeira de castanheiro, com quatro caixas de ressonância retangulares e uma lingueta em cada uma, que, ao girar sobre um eixo dentado, as faz soar. As caixas estão dispostas em forma de cruz e cada braço tem algo mais de dois metros. Esta peça é uma réplica da original, que se encontra no Museu da Catedral.

Campanas Catedral de Santiago
Como o nome indica, a Torre das Campanas abriga um conjunto de 7 campanas monumentais, além do campanário, composto por outras sete campanas menores, que foram recuperadas após a restauração da Catedral. Esta torre tem a particularidade de estar ligeiramente inclinada, por isso, quando forem a Santiago, não deixem de verificar.

A Torre do Relógio, também conhecida como “Berenguela” ou “Trindade”, é um dos elementos mais conhecidos da Catedral de Santiago de Compostela. Foi construída como torre defensiva, integrada no conjunto da Catedral, tendo uma altura de 72 metros.

Possui um relógio com mostrador de mármore branco, uma única agulha e duas campanas, que não são as originais. A campana original, com um diâmetro de 3 metros, data de 1738 e encontra-se no claustro da Catedral.

Como elemento significativo, a torre é coroada por uma “lanterna”, cuja luz permanente orienta os peregrinos nos Anos Santos.

Berenguela

FACHADAS DA CATEDRAL DE SANTIAGO DE COMPOSTELA

OBRADOIRO (OFICINA EM GALÊGO)
O nome provém da presença de oficinas de pedreiros que, durante a construção da Catedral, estavam situadas aos pés da Catedral.

A fachada românica original foi substituída devido ao seu desgaste com o passar dos séculos, e constantes reparações ocorreram até ser concluída em 2020.

Em 1606, o Mestre Ginés Martínez construiu a característica escada dupla de acesso à Catedral de Santiago.

A fachada e praça do Obradoiro representam o símbolo universal e mais significativo da cidade de Santiago, sendo os seus elementos mais importantes as duas magníficas torres e as imagens de Santiago Peregrino.

Santiago peregrino
AZABACHERIA

A fachada da Azabacheria, ou Fachada Norte, encontra-se na Praça da Imaculada ou da Azabacheria, onde desemboca o último troço urbano do Caminho Francês, Caminho do Norte, e finalmente do Caminho Inglês com a sua entrada pela antiga porta do Paraíso.

Toma o nome devido à presença de artesãos do azabache que se encontravam aqui.

A antiga fachada românica do século XII foi demolida em 1757 e substituída pela atual, de estilo neoclássico, sob a supervisão de Ventura Rodríguez.

A QUINTANA

A Fachada da Quintana, de estilo Barroco, iniciou-se em 1658. Nela encontra-se a Porta Real, por onde acediam os membros da realeza, a Porta dos Abades, e entre ambas a famosa Porta Santa ou Porta do Perdão, que só se abre em Ano Santo.

Sobre esta porta, podem ver-se, em nichos, a imagem de Santiago e os seus discípulos Atanasio e Teodoro, que se encontram aos seus lados. No corpo inferior, à esquerda e à direita da porta, colocaram-se vinte e quatro figuras de profetas e apóstolos (incluindo a de Santiago), provenientes do antigo coro pétreo, que se encontrava no interior da Catedral, construído pelo Mestre Mateo.

A praça da Quintana é, depois da do Obradoiro, a praça mais emblemática de Compostela. Grandes escadas de pedra a dividem em duas: Quintana dos Vivos, a parte superior, e Quintana dos Mortos, a inferior, por ser, antigamente, um local de enterramentos.

Platerías Santiago de Compostela
PLATERÍAS

Chama-se assim devido ao número de artesãos e ourives dedicados ao trabalho de prata que estavam localizados aqui e que ainda o fazem atualmente.

A Fachada de Platerías é a única de estilo românico que conserva a Catedral de Santiago de Compostela. Foi construída pelo Mestre Mateo entre os anos 1103 e 1117, com a ajuda do primeiro arcebispo de Santiago de Compostela, Diego Gelmírez.

Composta por uma dupla porta com arcos de meio ponto e um friso superior. O segundo nível da fachada é composto por duas janelas de arcos lobulados, onde se destaca a figura do Rei David tocando a harpa, relevos do Gênesis, o sacrifício de Isaac e a mulher adúltera. Completa-se com outros elementos e esculturas de outras partes da Catedral que foram adicionados ao longo das reformas constantes da Catedral.

À esquerda da fachada, encontra-se o edifício do Tesouro, de estilo renascentista, cuja construção foi dirigida pelo arquiteto Gil de Hontañón.

Coberturas Catedral Santiago

CUBERTURAS DA CATEDRAL DE SANTIAGO DE COMPOSTELA

A quase 300 metros de altitude, a 30 metros acima da Praça do Obradoiro e com um campo de visão de 360 graus, o olhar desliza pelos telhados e perde-se na paisagem compostelana.

Além das vistas das torres, cúpulas e paisagem que se pode ver a partir dessas alturas, um dos elementos mais conhecidos das coberturas é a chamada “Cruz dos farrapos”, que significa “Cruz dos trapos”. A tradição diz que aqui, após dormir nas tribunas, os peregrinos deixavam as suas roupas velhas para serem queimadas no pequeno espaço atrás da cruz, como símbolo de purificação e começo de uma “nova vida”.

Esta lenda da Cruz dos Farrapos inspirou, sem dúvida, aqueles que hoje queimam as suas vestes depois de fazer o Caminho até Finisterra.

Fica registada a visita que os peregrinos faziam, das coberturas, no Códice Calixtino: “Quem por lá em cima vai (…) embora suba triste, alegra-se ao ver a esplêndida beleza deste templo”.

Palácio Gelmirez

PALÁCIO DE GELMÍREZ

Apoiado no lado norte da Catedral, e voltado para a Praça do Obradoiro, ergue-se este Palácio Episcopal, mandado construir pelo arcebispo Diego Xelmírez para substituir a antiga residência episcopal derrubada durante as numerosas revoltas que ocorreram durante o seu mandato episcopal.

O edifício, com acesso a duas praças (Obradoiro e Azabachería), viria a tornar-se numa residência para receber reis, príncipes e nobres que visitavam a cidade.

É considerado um dos principais edifícios civis do românico em Espanha e centro do poder feudal exercido pelos bispos de Santiago.

Pórtico da glória catedral santiago de compostela

REFORMA DA CATEDRAL E DO PÓRTICO DA GLÓRIA

Nos últimos anos, foi realizada uma grande reforma para eliminar a cor “negruzca” e até o musgo que já aparecia em algumas pedras da Catedral de Santiago.

Tudo com o objetivo de um árduo programa de restauração para que toda a Catedral brilhasse com os seus melhores trajes no próximo Ano Jacobeu 2021 e cujas obras continuarão até então.

Com um custo de cerca de 17 milhões de euros, as obras na Catedral de Santiago de Compostela incluem não só a mencionada fachada da Praça do Obradoiro e o famoso Pórtico da Glória, mas também a reabilitação da fachada da Praça Quintana, a limpeza da Torre do Relógio e das torres de Xelmírez e Abades, bem como as coberturas, a restauração do Pórtico e a reabilitação interior da basílica.

TESOURO DA CATEDRAL DE SANTIAGO

Na Capela de São Fernando, que hoje faz parte do itinerário do Museu da Catedral, está o chamado “Tesouro”, que inclui as peças mais valiosas da ourivesaria litúrgica, entre elas, a Custódia processional realizada por António Arfe.

No seu interior, podemos encontrar, como peças mais destacadas:

A esclavina original de Santiago Maior, realizada no ano de 1704 – Relevo da Virgem do Leite de Luisa Roldán – Bustos relicários de Santiago Menor, que usa no pescoço a pulseira de D. Suero de Quiñones, que ganhou na célebre justa de cavaleiros, que teve lugar no Passo Honroso, da localidade leonesa de Hospital de Órbigo, no ano de 1434.

O cofre da sala contém um Cálice e Vinajera doados pelo arcebispo Musquiz, uma Custódia de João de Figueroa, um Cálice de Pose e um grande rubi.

esclavina apóstolo santiago

ARQUIVO CAPITULAR

O Arquivo Catedralício da Catedral de Santiago de Compostela guarda documentos cujas origens remontam à Idade Média e com um alto valor histórico, sendo um dos arquivos catedralícios mais importantes da Europa.

O mais importante de todos é o Breviário do Cônego Miranda, que superou os mais conhecidos Tumbos, História Compostelana e Códice Calixtino.

O Tumbo “A” recolhe cento e setenta documentos em setenta e uma folhas de pergaminho, nos quais foram desenhadas algumas das miniaturas mais interessantes e conhecidas das coleções compostelanas. Quase todas elas representam os monarcas e personagens da realeza leonina e galega da época, identificados pelo seu nome e pintados, quase todos, no século XII.

ALTAR-MOR

A capela-mor era românica na sua origem, mas foi reformada durante o barroco por ordem do novo mestre de obras, José de Vega e Verdugo, nomeado por Inocêncio X. O conjunto está rodeado por 36 colunas salomónicas douradas e cobertas de pampanhos.

O esplendor do altar-mor aumentou quando foram adicionadas as grades, as abóbadas foram policromadas e o conjunto foi pavimentado em mármore.

Conta na entrada com púlpitos renascentistas, de ambos os lados, com cenas da vida do Apóstolo, realizadas por João Baptista Celma em 1578.

Baldaquino

Na parte superior, observa-se um fabuloso baldaquino do século XVII, sustentado por anjos e coroado pela efígie ecuestre do apóstolo. Em cada canto estão representadas as quatro virtudes cardeais: a prudência, a justiça, a fortaleza e a temperança.

Sobre o tabernáculo está representado um Santiago Peregrino, escoltado por quatro reis: Alfonso II, Ramiro I, Fernando o Católico e Felipe IV, e, no centro, o escudo de Espanha.

O altar foi construído por Domingo António de Andrade sobre o sepulcro do Apóstolo. Dentro do camarim barroco, encontra-se a imagem mais destacada do conjunto, um Santiago sedente de pedra policromada do século XIII, vestido como peregrino, com uma réplica da esclavina original, de prata adornada com grande pedraria, que está à espera dos milhões de abraços que recebe dos peregrinos que terminaram o seu Caminho de Santiago.

Debaixo do camarim encontra-se a cripta, de origem romana, onde estão, numa urna de prata do século XIX, os restos do Apóstolo e dos seus discípulos.

CAPELAS

As numerosas capelas do interior (18) da Catedral de Santiago respondem a um design típico das igrejas de peregrinação, nas quais milhares de peregrinos se dirigem.

A grande maioria delas encontra-se, radialmente, à volta da Capela-Mor, onde está a cripta que alberga os restos do Apóstolo.

Santa Maria de Corticela

Cito, a seguir, algumas das mais relevantes da Catedral:

SANTA MARIA DA ANTIGA CORTICELA

Situada no lado nordeste da Catedral, é a maior das capelas, embora, na realidade, seja uma igreja independente dentro da Catedral. Igreja pré-românica (Ano 912) que se uniu à Catedral devido às ampliações realizadas no século XII.

No ano de 1527, “independiza-se” da Catedral, data desde a qual é responsável por “peregrinos, estrangeiros e bascos”.

Destaca-se a porta (século XIII), com a adoração dos Reis Magos, a escultura da Virgem da Consolação e a imagem de Jesus no Jardim das Oliveiras.

CAMARIM DE SANTIAGO CAVALHEIRO

Esta capela é a menor de todas as que se encontram na Catedral. No seu interior, abrigava, até à conclusão das últimas e mais importantes obras de restauro na Catedral, a imagem ecuestre de um “Santiago Matamoros ou ecuestre, como se costuma dizer agora”. Actualmente, a figura encontra-se numa das capelas, próximas ao Pórtico da Glória, que está em obras.

No seu lugar, foi colocada a lápide sepulcral do Bispo Teodomiro, figura central, porque foi ele quem “identificou” os restos do Apóstolo Santiago e os comunicou ao rei Alfonso II, iniciando assim todo o fenómeno Jacobeu.

CAPELA DA AZUCENA OU DE SÃO PEDRO

Fundada no ano de 1571, por Mencía de Andrade. Situada junto à Porta Santa. De origem medieval, é uma das mais antigas da Catedral. Destaca-se, pela sua importância, o retábulo barroco, obra de Casas Novoa, onde se encontra a imagem da Virgem da Azucena.

CAPELA DO ESPÍRITO SANTO

Fundada no final do século XIII, de origem funerária, pois nela se encontram 7 sepulturas dos séculos XIII a XVI.

Sobre uma das tumbas, conserva-se em bom estado o quadro de um Descendimento da Cruz do século XVI. O atual retábulo com a Virgem da Soledade procede do trascoro da catedral.

Outras capelas da Catedral de Santiago de Compostela: Capela do Salvador, Capela do Pilar, Capela da Comunhão, Capela de Alba, Capela do Cristo de Burgos, Capela de Santa Cataliba, Capela de São António, Capela de São André, Capela da Conceição, Capela de São Bartolomeu, Capela de Nossa Senhora Branca, Capela de Mondragão e Capela de São João.

botafumeiro

BOTAFUMEIRO DA CATEDRAL DE SANTIAGO DE COMPOSTELA

Devido à sua importância, necessita de um post específico que podes seguir lendo aqui.

CLAUSTRO

É um dos mais importantes de Espanha, com planta quadrada de 34 metros de lado, de estilo gótico-renascentista, construído no final do século XVI.

Foi utilizado como oficina e escola de pedreiros.

No claustro, podemos encontrar lápides de cônegos e jazigos devido ao seu uso funerário anterior.

Estão as antigas campanas da Torre do Relógio, entre elas a “Berenguela” original, com 10 toneladas de peso.

No centro do claustro, vemos a “Fons Mirabilis”, fonte românica de granito, que se encontrava junto à antiga “Porta do Paraíso”, agora Porta da Azabachería. Também podemos observar uma ampla coleção de relógios solares (com símbolos árabes e romanos).

A partir do claustro, acede-se ao Museu da Catedral, Capela das Relíquias e Panteão dos Reis.

Proposta de Percurso para explorar a Catedral de Santiago de Compostela

  • Caminha até ao altar, pois é o ponto final do teu Caminho de Santiago.
  • À direita, encontrarás as capelas do Pilar e da Conceição.
  • Seguindo em frente, poderás admirar a capela original de São Pedro de estilo românico, e a Sepultura do Apóstolo Santiago (urna de prata onde repousam os restos do Apóstolo junto com os seus discípulos São Atanasio e São Teodoro).
  • Sai da cripta, quase terminaste. Sobe para “Dar o abraço ao Apóstolo Santiago“, se assim o sentires, que preside a Basílica desde o Altar-Mor. É um abraço entre peregrinos.
  • Visita as coberturas da catedral para contemplar as vistas da cidade, e dá uma volta pelo museu catedralício que não tem desperdício algum.
  • Não te esqueças de visitar a Praza das Platerías, anexa à Catedral, que recebe o nome dos ofícios medievais dos ourives que ali trabalhavam. No centro da praça, podes ver a Fonte dos Cavalos, uma das mais bonitas de todo Santiago.

E lembra-te que, ao chegar a Santiago de Compostela, podes passar para recolher A Compostela que é emitida no Escritório do Peregrino, situado na Rua Das Carretas 33, junto à Catedral, mediante a apresentação da Credencial do Peregrino que comprove que caminhou pelo menos os Últimos 100 Kms a pé, por exemplo, o Caminho de Santiago desde Sarria organizado, ou os Últimos 200 Kms, caso tenha feito o Caminho de Santiago de bicicleta.